sábado, 13 de março de 2010

Tenho preguiça

Tô sem paciência pra esses peitos empinados e andar de quem já errou muito na vida mas adora ser coitada.

Tô sem paciência pra nariz metido a superior e que, na verdade, cheira esterco.

Tô sem paciência pra gente colecionando anos mas que insiste naquelas coisas da minha quinta série.

Tô sem paciência pra convivência forçada,

‘Não sei fazer jogo social. Até saberia, mas não me interessa. ’

Não me interessa saber da sua vida, eu tenho a minha, e ela deveria não te interessar também. Se eu quebrar o braço ou quebrar a cara, quem vai sentir a dor sou eu. E eu sei como lidar com isso, já quebrei outras vezes.

Tem muita coisa acontecendo fora dessas quatro paredes; tem gente que resolve os problemas de umbigo e tem gente que me dá preguiça. São esses que enchem meu sapato de pedra.

Se você quer comprar um carro, pular de um prédio ou queimar a língua de tanto mal-dizer, que faça! Só não me inclua nas suas futilidades, tô sem paciência.

Eu tenho dó, mas eu até que entendo, a grama do vizinho é sempre mais verdinha, não é mesmo?

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