terça-feira, 7 de setembro de 2010

Você faz com que eu me assuste

Convivo bem com a idéia de que as coisas se findam e que quase sempre se substituem. Não seria diferente com você. Mas quando eu sinto que seus olhos estão menores que o de costume, eu chego a pedir a Deus para te conservar daquele jeito durante uns 2 ou 50 anos. Eu chego a ter medo de você deixar de me ligar por mais de duas semanas, medo de você amar outra que não eu, e mais medo de te ver rindo e bem, e sem mim.
Eu sei que você não é o último do mundo, mas bem que podia ser o meu último. Posso te imaginar daqui uns 10 anos colocando a churrasqueira no quintal e rindo da minha peruagem de comprar um abajur de zebra para a sala de visitas.. Daqui uns 22 anos sentado na varanda às 2 da manhã, tomando uma cerveja e comendo peixe frito e falando da vizinha que foi pega na cama com o encanador, e aí então a gente ia rir da vida alheia, você ia dar dois tapinhas na minha perna, dar aquele sorriso que você já tem e me chamar pra dormir.
Pode ser que na próxima sexta eu esteja ligando para uma amiga solteira e a chamando para ir numa festa que tem casais de no máximo 1 hora. Mas se até na quinta-feira eu tiver você, até a quinta eu vou te imaginar comigo, barrigudo, bem-humorado e amante.
Às vezes pesa me ver tão declarada, e mesmo sabendo que eu consigo sem você, eu não quero precisar conseguir. Eu quero continuar parecendo uma mulher que vê um futuro grandioso em ‘qualquer’ homem que conhece. Eu não vou me matar se daqui uns meses eu ter que te chamar de ex, até porque, são processos de seleção natural e nada que alguns porres e algumas semanas não resolvam. Mas é tão bom te imaginar preto e lindo e sem camisa abrindo a geladeira, e saindo do banho com cheiro de dove...
Merda! Eu estou tão sua...