Essa é uma história de um rapaz que conhece uma moça, mas, você tem que saber de antemão que essa não é uma história de amor.
Os dois não foram feitos um para o outro e daqui uns meses eles não dirão que já conheceram a metade da laranja, eles só se olharam um dia e gostaram do que viram.
Ele a quis como quis tantas outras. Ela não.
Ela sempre aceitou os de focinho e gosto dentro de um padrão pré-determinado (mas que menina burra e previsível!), até que um dia ela decidiu dar ouvidos a alguma coisa que não fosse alguma pessoa.
Essa coisa de paixão nunca lhe agradou muito, aliás, minto, nunca lhe foi muito lucrativo. Por auto-imposição ou não, ela nem se apaixonou, o que não quer dizer que ela não tenha começado.
Mas como toda história, que não é de amor, acaba, essa também.
Ela só não quis descartar, que dirá esquecer. Sabe-se lá por que.
‘- Porque você insistiu em uma história tão sem nexo?
- Porque ele nunca me foi confiável, correspondeu às minhas expectativas (e isso não quer dizer que foram boas), e porque sempre ouve uma coisa nisso tudo que me dizia: ‘Larga de bobeira, que mal há? Abrace esse menino como se fosse seu mundo..como se aqueles olhos fossem mar: não deixa de ser um mistério e talvez por isso seja tão paralisante’. Eu só quis ouvir isso até o meu coração querer ficar surdo. E porque quando ele me olhava ao mesmo tempo em que bagunçava o cabelo, eu achava que talvez valesse a pena me decepcionar por aquele menino cor de jambo.
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