Um dia você entra no seu e-mail pra receber uma foto, outro dia pra esperar por uma. Você já deve ter chorado por ralar o joelho e já deve ter chorado por achar que o mundo se perdeu quando você perdeu alguém.
Apertar o dedo na porta dói e se sentir menor também. Um dia é da caça e outro do caçador, e o negócio tem que ser desvantajoso pra um dos dois.
Se você não descobriu, você ainda vai descobrir que não importa com quantas pessoas você converse e quantas te dêem conselho, no final, é como se elas tivessem ficado caladas. Elas falam muito e poucas se importam realmente. Amanhã eles não vão nem te ligar pra saber se você está bem e ainda podem colocar o seu caso na 'CARAS'.
Não há nada injusto, você deveria saber que você ter comido escargot não significa que você nunca mais comerá angu. Além disso, o remédio que cura é aquele que arde. Ninguém morre de amor ou tristeza. Morre-se por fome, frio, câncer e ataque cardíaco. Que disso, Deus te guarde. Mas que você sofra às vezes, nem que seja pra descobrir que a lágrima do peito é muito mais salgada do que a lágrima de ralar joelho.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Possessão Passiva
Já ouviu?
Foi no dia que eu peguei o Birty. Birty é um passarinho desses de parque mesmo, que ficam por ai sujando os bancos de concreto e não tem rumo e nem ninho. Eu sabia que eles andavam em bando, mas o Birty tinha uma coisa, não sei que coisa, que eu fiquei olhando, fiquei olhando pra ver se eu descobria que coisa era. Levei pra casa.
Eu pensei que talvez o Birty sumiria, eu sabia que ele gostava da vida de praça, mas eu decidi correr o risco. Fiz um canteirinho pra ele não se sentir tão preso, sabendo que eu não queria mantê-lo tão solto.
Porque possessão? Porque eu contrariei. Eu não quis visitar o parque nos sábados pra ver o Birty, ele agora era meu! Fui eu que fiz um canteiro e não haveria mais ninguém pra não descobrir o que ele tinha de diferente.
Porque passiva? Eu não o prendi em uma gaiola. Eu não quis que ele bebesse água se antes bebia vinho. Eu não quis tirar o cheiro de clorofila do Birty.
Eu acordo e penso nele, trato dele, trato da casinha dele. Hoje ele gosta que eu visite o seu cantinho e passe algumas horas ouvindo seu barulho, e eu ainda gosto de olhar pra ele e ainda tentar descobrir o que ele tem que me fez tirá-lo dos bancos de concreto. Mas tem dia de manhã que passa uns passarinhos parecidos com o Birty aqui na rua de casa, e ele canta tanto, que eu penso que ele tem saudade de ser sem rumo e sem ninho. Mas eu sou possessiva, eu vou pro seu cantinho e assovio pra ver se ele esquece que ouviu canto de pássaro, pra ver se ele acha que o meu canto é único e suficiente.
Eu tenho medo de ele um dia ficar sufocado e querer escapar por entre as gretas do canteirinho de madeira. Eu já me prometi deixa-lo gostar de outros barulhos, e já pensei até em aumentar o espaço das madeiras, mas sempre que eu ouço o Birty bater as asas e cantar alto, eu acabo assoviando.
(pra quem sabe um pingo, ler é letra)
Foi no dia que eu peguei o Birty. Birty é um passarinho desses de parque mesmo, que ficam por ai sujando os bancos de concreto e não tem rumo e nem ninho. Eu sabia que eles andavam em bando, mas o Birty tinha uma coisa, não sei que coisa, que eu fiquei olhando, fiquei olhando pra ver se eu descobria que coisa era. Levei pra casa.
Eu pensei que talvez o Birty sumiria, eu sabia que ele gostava da vida de praça, mas eu decidi correr o risco. Fiz um canteirinho pra ele não se sentir tão preso, sabendo que eu não queria mantê-lo tão solto.
Porque possessão? Porque eu contrariei. Eu não quis visitar o parque nos sábados pra ver o Birty, ele agora era meu! Fui eu que fiz um canteiro e não haveria mais ninguém pra não descobrir o que ele tinha de diferente.
Porque passiva? Eu não o prendi em uma gaiola. Eu não quis que ele bebesse água se antes bebia vinho. Eu não quis tirar o cheiro de clorofila do Birty.
Eu acordo e penso nele, trato dele, trato da casinha dele. Hoje ele gosta que eu visite o seu cantinho e passe algumas horas ouvindo seu barulho, e eu ainda gosto de olhar pra ele e ainda tentar descobrir o que ele tem que me fez tirá-lo dos bancos de concreto. Mas tem dia de manhã que passa uns passarinhos parecidos com o Birty aqui na rua de casa, e ele canta tanto, que eu penso que ele tem saudade de ser sem rumo e sem ninho. Mas eu sou possessiva, eu vou pro seu cantinho e assovio pra ver se ele esquece que ouviu canto de pássaro, pra ver se ele acha que o meu canto é único e suficiente.
Eu tenho medo de ele um dia ficar sufocado e querer escapar por entre as gretas do canteirinho de madeira. Eu já me prometi deixa-lo gostar de outros barulhos, e já pensei até em aumentar o espaço das madeiras, mas sempre que eu ouço o Birty bater as asas e cantar alto, eu acabo assoviando.
(pra quem sabe um pingo, ler é letra)
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Você faz com que eu me assuste
Convivo bem com a idéia de que as coisas se findam e que quase sempre se substituem. Não seria diferente com você. Mas quando eu sinto que seus olhos estão menores que o de costume, eu chego a pedir a Deus para te conservar daquele jeito durante uns 2 ou 50 anos. Eu chego a ter medo de você deixar de me ligar por mais de duas semanas, medo de você amar outra que não eu, e mais medo de te ver rindo e bem, e sem mim.
Eu sei que você não é o último do mundo, mas bem que podia ser o meu último. Posso te imaginar daqui uns 10 anos colocando a churrasqueira no quintal e rindo da minha peruagem de comprar um abajur de zebra para a sala de visitas.. Daqui uns 22 anos sentado na varanda às 2 da manhã, tomando uma cerveja e comendo peixe frito e falando da vizinha que foi pega na cama com o encanador, e aí então a gente ia rir da vida alheia, você ia dar dois tapinhas na minha perna, dar aquele sorriso que você já tem e me chamar pra dormir.
Pode ser que na próxima sexta eu esteja ligando para uma amiga solteira e a chamando para ir numa festa que tem casais de no máximo 1 hora. Mas se até na quinta-feira eu tiver você, até a quinta eu vou te imaginar comigo, barrigudo, bem-humorado e amante.
Às vezes pesa me ver tão declarada, e mesmo sabendo que eu consigo sem você, eu não quero precisar conseguir. Eu quero continuar parecendo uma mulher que vê um futuro grandioso em ‘qualquer’ homem que conhece. Eu não vou me matar se daqui uns meses eu ter que te chamar de ex, até porque, são processos de seleção natural e nada que alguns porres e algumas semanas não resolvam. Mas é tão bom te imaginar preto e lindo e sem camisa abrindo a geladeira, e saindo do banho com cheiro de dove...
Merda! Eu estou tão sua...
Eu sei que você não é o último do mundo, mas bem que podia ser o meu último. Posso te imaginar daqui uns 10 anos colocando a churrasqueira no quintal e rindo da minha peruagem de comprar um abajur de zebra para a sala de visitas.. Daqui uns 22 anos sentado na varanda às 2 da manhã, tomando uma cerveja e comendo peixe frito e falando da vizinha que foi pega na cama com o encanador, e aí então a gente ia rir da vida alheia, você ia dar dois tapinhas na minha perna, dar aquele sorriso que você já tem e me chamar pra dormir.
Pode ser que na próxima sexta eu esteja ligando para uma amiga solteira e a chamando para ir numa festa que tem casais de no máximo 1 hora. Mas se até na quinta-feira eu tiver você, até a quinta eu vou te imaginar comigo, barrigudo, bem-humorado e amante.
Às vezes pesa me ver tão declarada, e mesmo sabendo que eu consigo sem você, eu não quero precisar conseguir. Eu quero continuar parecendo uma mulher que vê um futuro grandioso em ‘qualquer’ homem que conhece. Eu não vou me matar se daqui uns meses eu ter que te chamar de ex, até porque, são processos de seleção natural e nada que alguns porres e algumas semanas não resolvam. Mas é tão bom te imaginar preto e lindo e sem camisa abrindo a geladeira, e saindo do banho com cheiro de dove...
Merda! Eu estou tão sua...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
nenhum inteiro, nem um.
Descobri que nem toda personalidade forte é tão forte quanto acha. Eu, que já me senti mais que rocha, tenho tudo aqui em mil pedaços. Tenho as mãos e o coração frio, mas, todo mundo que já sofreu um pouco há de confessar que não há coração assim por inteiro. Choro constantemente, e isso me deixa menos árida. Abraço também, e isso me faz menos rude. Por mais que eu não me sinta uma donzela ou uma garota-porcelana, eu tenho muito dessas que pedem colo sem pedir. Sinto falta de amigos que não deveriam ser menos amigos agora, me identifico com algumas frases de amor, sinto vontade de sumir e às vezes quero a vida mais leve. Não existe isso de fortaleza plena, todo mundo tem algum osso meio quebrado e uma hora em que o coração pede pra parar. Aliás, eu tive que ser muito frágil e muito forte para reconhecer: eu sou uma contradição.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
oi, prazer.
Espero que a primeira impressão não seja a que fique, não costumo ser muito aparentável; é o que dizem. Então, que eu consiga conservar quem me suporta.
Quase não me agüento quando começa um sambinha desses de nêgo velho. Também gosto de beira de rio pra beber limão com sal. Meu pai me ensinou que ter um cumpade na vida vale mais do que um parceiro de negócios.
A ansiedade às vezes me obriga a querer todas as bolachas recheadas da Nestlé, e eu quero me matar quando a ansiedade passa mas já não dá pra voltar todas as bolachas pro pacote.
Se eu resolver te amar um dia, eu passo fome e frio por isso. Já me decepcionei muito por estar pronta pra quebrar um braço por alguém; talvez por isso, hoje, a pessoa que mais tem que me corresponder possui o meu sobrenome, meu próprio sangue e carne. Ainda assim, quebro a cara do sujeito se ele pensar em quebrar a sua (se eu resolver te amar um dia).
Meu filho vai chegar com o dedo machucado depois de um jogo no campinho, minha filha vai me contar que ganhou um lanche do menino do boné azul no recreio e o meu marido vai querer beber uma cerveja com o meu pai no domingo a tarde. Eu vou ter uma mesa de madeira grande na varanda e o emprego dos meus sonhos. Eu sei que vai ser quase assim, porque eu costumo conseguir o que eu quero.
Gosto de expressões e curvas de rosto, é bom saber que eu dou um valor enorme em coisas aparentemente irrelevantes. Detalhes são essenciais.
Juro que se apaixonar sempre pelas mesmas coisas é muito mais paralisante. É como se a mesma torta de chocolate tivesse sabor de morango um dia, noutro de limão, mas que continuasse sendo a minha torta de chocolate favorita. Sou intensa, e não obedeço tantas regras e nem regulo o meu tanto, me apaixono mesmo, e não é pouco.
Quase não me agüento quando começa um sambinha desses de nêgo velho. Também gosto de beira de rio pra beber limão com sal. Meu pai me ensinou que ter um cumpade na vida vale mais do que um parceiro de negócios.
A ansiedade às vezes me obriga a querer todas as bolachas recheadas da Nestlé, e eu quero me matar quando a ansiedade passa mas já não dá pra voltar todas as bolachas pro pacote.
Se eu resolver te amar um dia, eu passo fome e frio por isso. Já me decepcionei muito por estar pronta pra quebrar um braço por alguém; talvez por isso, hoje, a pessoa que mais tem que me corresponder possui o meu sobrenome, meu próprio sangue e carne. Ainda assim, quebro a cara do sujeito se ele pensar em quebrar a sua (se eu resolver te amar um dia).
Meu filho vai chegar com o dedo machucado depois de um jogo no campinho, minha filha vai me contar que ganhou um lanche do menino do boné azul no recreio e o meu marido vai querer beber uma cerveja com o meu pai no domingo a tarde. Eu vou ter uma mesa de madeira grande na varanda e o emprego dos meus sonhos. Eu sei que vai ser quase assim, porque eu costumo conseguir o que eu quero.
Gosto de expressões e curvas de rosto, é bom saber que eu dou um valor enorme em coisas aparentemente irrelevantes. Detalhes são essenciais.
Juro que se apaixonar sempre pelas mesmas coisas é muito mais paralisante. É como se a mesma torta de chocolate tivesse sabor de morango um dia, noutro de limão, mas que continuasse sendo a minha torta de chocolate favorita. Sou intensa, e não obedeço tantas regras e nem regulo o meu tanto, me apaixono mesmo, e não é pouco.
domingo, 16 de maio de 2010
Ele não sabe o que é melhor pra Luzia.
Luzia me disse: “Ele não sabe o que é melhor pra mim” e aí eu quis saber da história toda.
Eu sabia que Luzia me contava a história mexendo as mãos como se fosse a Doutora Senhora F.S. Coisa e Tal, mas que ela era uma coitada que um dia ouviu falar de amor e quis saber o que era. (Chegou ao ponto de se trancar no quarto pra sentir sozinha o peito pesando, logo ela que já havia vivido coisa que até santo desconfia.).
Luzia me contou que quando ela se sentia forte o bastante, ele a fazia mudar de ideia. E como ela não gostava de ser contrariada, nessa parte da conversa, falava dele com a boca cheia de todos os chingamentos que eu demorei anos pra decorar.
Quando eu a perguntei o que mais a incomodava, respondeu:
“O que me incomoda é que quando eu era bebê, eu só precisava chorar para comer;
Quando eu ia à praça, era só apertar a mão da minha mãe para ir ao pula-pula;
Quando eu queria um brinco de pena, eu dizia que gostava de coisa hippie e todo mundo entendia. Quando eu levantava a sobrancelha esquerda mais pro canto, amiga minha sabia que o mocinho Senhor Coisa e Tal estava atravessando a rua. Quando eu estralava os dedos, quando eu apertava os olhos, quando eu fazia comentários superficiais, quando eu fazia perguntas aparentemente inúteis... um ou outro sempre conseguia flagrar alguma intenção. E o que realmente me incomoda é que o desgraçado não entende nenhum sinal meu! Não dá pra notar ou eu tenho mesmo que ligar e dizer: ‘Ei, dá pra você vir aqui resolver o meu problema?’”
Luzia pediu licença, e foi tomar uma asprina.
Aspirina não cura Luzia, aspirina não cura.
Eu sabia que Luzia me contava a história mexendo as mãos como se fosse a Doutora Senhora F.S. Coisa e Tal, mas que ela era uma coitada que um dia ouviu falar de amor e quis saber o que era. (Chegou ao ponto de se trancar no quarto pra sentir sozinha o peito pesando, logo ela que já havia vivido coisa que até santo desconfia.).
Luzia me contou que quando ela se sentia forte o bastante, ele a fazia mudar de ideia. E como ela não gostava de ser contrariada, nessa parte da conversa, falava dele com a boca cheia de todos os chingamentos que eu demorei anos pra decorar.
Quando eu a perguntei o que mais a incomodava, respondeu:
“O que me incomoda é que quando eu era bebê, eu só precisava chorar para comer;
Quando eu ia à praça, era só apertar a mão da minha mãe para ir ao pula-pula;
Quando eu queria um brinco de pena, eu dizia que gostava de coisa hippie e todo mundo entendia. Quando eu levantava a sobrancelha esquerda mais pro canto, amiga minha sabia que o mocinho Senhor Coisa e Tal estava atravessando a rua. Quando eu estralava os dedos, quando eu apertava os olhos, quando eu fazia comentários superficiais, quando eu fazia perguntas aparentemente inúteis... um ou outro sempre conseguia flagrar alguma intenção. E o que realmente me incomoda é que o desgraçado não entende nenhum sinal meu! Não dá pra notar ou eu tenho mesmo que ligar e dizer: ‘Ei, dá pra você vir aqui resolver o meu problema?’”
Luzia pediu licença, e foi tomar uma asprina.
Aspirina não cura Luzia, aspirina não cura.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Nem um curioso, nem Newton
Juro que não é cansaço, mas é que quando o filme passa por mais de duas vezes, a primeira cena não é mais tão impactante.
Juro que não é tristeza, até uma notícia do jornal do meio-dia te deixa com o coração entre tábuas.
Juro que não é desespero, nem quero atropelar os bois, mas é que quando se ganha um ovo de páscoa, não dá pra abri-lo só no natal.
Juro que não é raiva, mas se você já emprestou o bonequinho do Power Rangers pro seu vizinho, e ele voltou sem uma perna, você não iria emprestá-lo tão fácil pro mesmo assassino-mirim.
Juro que não é auto-decepção, até quando te deixaram no banco de reserva na oitava série, você teve que sentar se sentindo incapaz.
Também não deve ser saudade, eu não ando tendo muito tempo pra chorar pelo copo de pinga quebrado.
E eu nem vou ficar pagando uma de entendida...
O fato é que as vezes me dá umas oscilações psicológicas (eu não me atreveria a dizer emocionais) mas diferente desses físicos e fofoqueiros que sempre inventam coisas e raramente explicam, eu não sei bem que sensações são essas mas sei muito bem o porquê delas estarem aqui.
Juro que não é tristeza, até uma notícia do jornal do meio-dia te deixa com o coração entre tábuas.
Juro que não é desespero, nem quero atropelar os bois, mas é que quando se ganha um ovo de páscoa, não dá pra abri-lo só no natal.
Juro que não é raiva, mas se você já emprestou o bonequinho do Power Rangers pro seu vizinho, e ele voltou sem uma perna, você não iria emprestá-lo tão fácil pro mesmo assassino-mirim.
Juro que não é auto-decepção, até quando te deixaram no banco de reserva na oitava série, você teve que sentar se sentindo incapaz.
Também não deve ser saudade, eu não ando tendo muito tempo pra chorar pelo copo de pinga quebrado.
E eu nem vou ficar pagando uma de entendida...
O fato é que as vezes me dá umas oscilações psicológicas (eu não me atreveria a dizer emocionais) mas diferente desses físicos e fofoqueiros que sempre inventam coisas e raramente explicam, eu não sei bem que sensações são essas mas sei muito bem o porquê delas estarem aqui.
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