segunda-feira, 7 de junho de 2010

oi, prazer.

Espero que a primeira impressão não seja a que fique, não costumo ser muito aparentável; é o que dizem. Então, que eu consiga conservar quem me suporta.
Quase não me agüento quando começa um sambinha desses de nêgo velho. Também gosto de beira de rio pra beber limão com sal. Meu pai me ensinou que ter um cumpade na vida vale mais do que um parceiro de negócios.
A ansiedade às vezes me obriga a querer todas as bolachas recheadas da Nestlé, e eu quero me matar quando a ansiedade passa mas já não dá pra voltar todas as bolachas pro pacote.
Se eu resolver te amar um dia, eu passo fome e frio por isso. Já me decepcionei muito por estar pronta pra quebrar um braço por alguém; talvez por isso, hoje, a pessoa que mais tem que me corresponder possui o meu sobrenome, meu próprio sangue e carne. Ainda assim, quebro a cara do sujeito se ele pensar em quebrar a sua (se eu resolver te amar um dia).
Meu filho vai chegar com o dedo machucado depois de um jogo no campinho, minha filha vai me contar que ganhou um lanche do menino do boné azul no recreio e o meu marido vai querer beber uma cerveja com o meu pai no domingo a tarde. Eu vou ter uma mesa de madeira grande na varanda e o emprego dos meus sonhos. Eu sei que vai ser quase assim, porque eu costumo conseguir o que eu quero.
Gosto de expressões e curvas de rosto, é bom saber que eu dou um valor enorme em coisas aparentemente irrelevantes. Detalhes são essenciais.
Juro que se apaixonar sempre pelas mesmas coisas é muito mais paralisante. É como se a mesma torta de chocolate tivesse sabor de morango um dia, noutro de limão, mas que continuasse sendo a minha torta de chocolate favorita. Sou intensa, e não obedeço tantas regras e nem regulo o meu tanto, me apaixono mesmo, e não é pouco.